Por se tratarem de enfermidades com baixa incidência na população, as doenças raras têm tratamento limitado e diagnóstico demorado. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), esse grupo afeta, no máximo, 65 pessoas em um grupo de 100 mil, o que representa cerca de uma a cada duas mil pessoas.
Estima-se que 80% das doenças raras são de origem genética, mas as doenças do foro metabólico e oncológico também contribuem para esta lista. Boa parte não tem cura definitiva e nem tratamento específico. A estimativa é de que existam 7 mil doenças raras distintas e que novas enfermidades sejam descobertas frequentemente.
Pai de uma criança com Síndrome de Williams (ver arte abaixo), Rogério Ribeiro Lemos afirma que o diagnóstico, no Brasil, representa a maior dificuldade do portador de doença rara. “Pois é através do correto diagnóstico que a família começa a luta diária para cuidar da saúde do filho”, explica. Segundo Rogério, a Associação Brasileira de Síndrome de Williams (ABSW) estima que no Brasil há entre 10 a 20 mil casos de pessoas com a desordem genética. Porém, pouco mais de mil casos foram diagnosticados. “Por ser uma doença rara, muitos profissionais da área da saúde e de educação desconhecem essa síndrome”, lamenta.
Apesar das grandes dificuldades enfrentadas pelos portadores de doenças raras, o Ministério da Saúde e a Câmara dos Deputados estão atentos ao assunto. Em janeiro deste ano, o Ministério criou a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras que prevê o investimento de R$ 130 milhões para incorporar ao SUS 15 novos exames de diagnóstico em doenças raras, oferecer aconselhamento genético no sistema e custear as equipes de saúde dos serviços especializados. A Câmara, por sua vez, organizou, na semana passada (13/05) uma audiência para debater o tema.
Fonte: http://www.ebc.com.br/infantil/para-pais/2014/05/doencas-raras-o-dificil-diagnostico