(A)    Amparo legal.

• LDB – Lei nº 9.394 de 20/12/1996 – Cap. I art. 9º: Disposições comuns do ensino de primeiro e segundo graus.
• LDB – Lei nº 9.394 de 20/12/1996 – Cap.V art. 58, 59 e 60.
• Constituição Federal – art. 7º, XXXI, art. 208, III.
• ECA

(B) Afins

• Declaração de Salamanca (1994),

– O Principio da Inclusão consiste no reconhecimento da necessidade de se caminhar rumo à escola para todos – um lugar que inclua todos os alunos, celebre a diferença, apoie a aprendizagem e responda as necessidades individuais.
– Toda a criança tem o direito fundamental à educação e devem ter a oportunidade de conseguir e manter um nível aceitável de aprendizagem.
– Cada criança possui características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizado que são próprias, por estas razões, os sistemas de educação e os programas educativos devem ser planejados e implementados, tendo em vista a diversidade destas características e necessidades.
– Todas as pessoas com necessidades especiais devem ter acesso às escolas regulares, e estas devem se adequar através de uma pedagogia centrada na criança.
– As escolas regulares, que seguem esta orientação inclusiva, constituem os meios capazes para combater as atitudes discriminatórias, e criar comunidades abertas e solidárias.
– O principio da educação inclusiva e o valor social da igualdade.
– Ensinamos os alunos através do exemplo que apesar das diferenças, todos nos temos direitos iguais

(C) – Inclusão x Qualidade

EDUCAÇÃO – Ato de “criar”, educar, instrução, formação do espírito.
– Direito de todos (acesso, permanência e qualidade)
Seja ela especial ou não.

• Processo de dialogo e aprendizagem para todos,
• Construir novas formas de trabalhar cooperativamente,
• Ampliar a noção de acesso e participação,
• Garantir o respeito à incorporação das entidades (sociais, culturais, afetivas, étnicas de gênero e física) de todos os envolvidos,
• Reconstruir o “olhar para os diversos possíveis”.

Inclusão não pode ser considerada como problema, mas como um DESAFIO DE  “CRIAR”

• Diferentes modos de ser e estar no mundo,
• Diferentes modos de visões de realidade,
• Diferentes formas de aprender,
• Diferentes formas de movimento, de olhar, de escutar.
• Diferentes formas de conviver.

     Precisamos: PENSAR JUNTOS:
• Como estão acontecendo os processos de interação?
• Qual o meu papel enquanto gestor, professor, família, cidadão, ONGS, poder público?

Necessitamos:
• Conhecer os recursos disponíveis,
• Conhecer as experiências,
• Conhecer a realidade dos benefícios das ações,
• Mapear as estratégias e espaços de participação,
• Cruzar indicadores e pesquisas,
• Recursos financeiros.

Necessidade de FORMAÇÃO
• Gestores
• Profissionais
• Aluno – socializar
• Famílias – Direitos e Deveres
• Parcerias – Buscar instituições com conhecimento específico.
• Comunidade – questão social,

O processo paralelo de formação e demorado e complexo, mas não da para esperar a formação para a inclusão, pois ela já esta acontecendo, e realidade. Logo precisamos trabalhar juntos na construção de processos de inclusão.

(D) O papel do professor na inclusão

• Gostar do que faz; fazer com amor,
• Romper barreiras e preconceitos,
• Conhecer seu aluno em todos os sentidos (intelectual, emocional e social),
• Observar e Registrar (Banco de dados),
• Informar-se sobre a(s) dificuldade(s) que o aluno possui,
• Trocar informações com profissionais das diversas áreas,
• Trabalhar com os alunos da sala de aula (formas de ajudar),
• Adequar o currículo à criança,
• Envolvê-la e incentivá-la nas atividades de classe, principalmente em grupos,
• Tratá-la de forma igual a todos, respeitando suas necessidades especiais (físicas ou emocionais),
• Buscar formas alternativas que propicie a aprendizagem (“reinventar a roda”),
• Valorizar as habilidades que se destacam no aluno especial,

Conhecendo a Jéssica
Emocional:

• Possui altos e baixos, às vezes apresenta um nível de maturidade compatível à idade, outras vezes apresenta infantilidade,
• E ativa,
• Distrai-se com facilidade,
• Cria situações e acredita nelas como se fossem reais,
• E extremamente afetiva,
• Preocupa-se com colegas e professores,
• Esta sempre disposta a ajudar,
• Não enxerga maldade nas pessoas,
• Acredita fielmente no ser humano,
• E sensível, às vezes chora em decorrência dessa sensibilidade excessiva.

Social

• Faz amizade com facilidade,
• Gosta de trabalhar em grupo,
• Compartilha jogos e brinquedos,
• Respeita regras,
• Adora ler e cantar.

Intelectual

• possui um vocabulário rico, alem de sua idade cronológica,
• Lê, escreve e interpreta diversos textos (narrativo, poético, institucional, jornalístico, historias em quadrinhos, etc) sem grandes dificuldades na oralidade,
•  Na escrita necessita de orientação e incentivo para fazer uso de seu vocabulário,
• Produz textos, principalmente narrativos fazendo uso de recursos gráficos com seqüência de fatos, clímax e finalização,
• Reconhece o sistema de numeração decimal,
• Atribui quantidade ao numeral,
• Efetua operações matemáticas, adição e subtração, com o uso do material concreto (dourado, ábaco, etc…),
• Elabora situações problema a operações apresentadas.

Como lidar com a Jéssica

• Tratá-la de forma igual aos demais, respeitando suas limitações,

• Procurar usar os mesmos textos da sala, porem com adaptações e critérios de avaliação que se enquadram a sua realidade,

• Incentivá-la sempre,

• Cobrar responsabilidade quanto às atividades escolares (trabalhos e lições de casa),

• Toda atividade deve ser orientada, passo a passo. Principalmente as de casa e trabalhos. Escritas e com roteiro,

• Faz uso de letra bastão, porem entende perfeitamente a letra cursiva,

• Tem dificuldade na organização do material escolar, necessita de auxilio e orientação (cadernos),

• Todo recado teve ser enviado via circular ou bilhete pela agenda (colar),

• Estabelecer regras referentes ao uso do banheiro (necessita ir mais de uma vez) e outros objetos trazidos à escola.

• Necessita de atividades diferenciadas, fazendo uso do concreto na compreensão das atividades matemáticas.

Profa. Tania Cristina Bazzani – Publicado em SP Maio 2004