Publicado em 9 de Agosto de 2010
As pessoas com síndrome de Williams – conhecido pela sua simpatia e fácil interacção com estranhos – processam a linguagem falada de forma diferente das pessoas com perturbações do espectro do autismo (PEA) – caracterizado por retraimento social e isolamento – concluiram os investigadores do Salk Institute for Biological Studies.
Os resultados da investigação, que serão publicados na próxima edição da Social Cognitive and Affective Neuroscience, contribuirão para gerar hipóteses mais específicas sobre percepção e processamento da linguagem, tanto na síndrome de Williams como nas PEA, bem como os mecanismos fundamentais envolvidos no desenvolvimento da comunicação e das habilidades sociais.
“A língua falada é provavelmente a mais importante forma de interação social entre as pessoas e, talvez não surpreendentemente, descobrimos que a maneira como o cérebro processa a linguagem reflecte os fenótipos sociais contrastantes da síndrome de Williams e das perturbações do espectro do autismo”, diz a autora Inna Fishman, Ph . D., neuropsicóloga no Laboratório de Neurociência Cognitiva na Salk, que concebeu o estudo, juntamente com Debra Mills, Ph.D., actualmente “leitor” na Universidade de Bangor no Reino Unido.
PEA e síndrome de Williams são ambas perturbações do desenvolvimento neurológico, mas as suas manifestações não poderiam ser mais diferentes: enquanto os indivíduos autistas vivem num mundo onde os objetos fazem muito mais sentido do que as pessoas, as pessoas com síndrome de Williams são borboletas sociais que chamam pela atenção de outras pessoas.
Apesar da miríade de problemas de saúde, geralmente de baixo QI e graves problemas espaço motores, as pessoas com síndrome de Williams são irresistivelmente atraídos para estranhos, olham atentamente para os rostos das pessoas, lembram-se de nomes e rostos com facilidade, e são imaginativos e hábeis contadores de histórias.
reportagem completa: http://www.salk.edu/news/pressrelease_details.php?press_id=435