zzzzzzimagelINTRODUÇÃO

Este trabalho insere-se na área de Educação especifica, da área de Educação Inclusiva e tem por tema a Inclusão e Tecnologia: um paradoxo entre o futuro e a realidade. O tema foi escolhido por acreditarmos em sua relevância no momento atual dado o processo de inclusão de pessoas com necessidades de educação especifica. Um dos problemas enfrentados pelo professor diz respeito à falta de preparo do mesmo. Por isso a pergunta que fazemos é a seguinte: “Como a tecnologia pode auxiliar o professor no processo de inclusão de pessoas com necessidades de educação especifica, especificamente a Síndrome de Williams?”. A presente pesquisa se propõe a estudar a inclusão escolar de pessoas com Síndrome de Williams utilizando como instrumento a tecnologia. Nosso trabalho constará de uma pesquisa bibliográfica qualitativa, embasadas nas idéias do Dr. Oliver Sacks e de outros que oferecem subsídios para a reflexão e orientação sobre o processo de inclusão. Em sua experiência com portadores da síndrome de Williams Sacks diz: “A síndrome de Williams em particular me chamou a atenção por ser uma complexa síndrome genética que causa predisposição ao comportamento social e amabilidade. Um esporádico acidente genético que remove uma importante região do cromossomo 7, limitando cerca de 30 genes. Alguns desses genes atuam em conjunto e são responsáveis por problemas cognitivos, enquanto outros podem causar problemas morfológicos, como defeitos no coração. Pacientes com essa síndrome apresentam dificuldades de orientação espacial e cálculos numéricos. Mas o que realmente chama a atenção é o fenótipo social, uma paixão por companhia e diálogo, junto com uma má interpretação da dinâmica social e total falta de inibição num ambiente estranho. Dessa forma, os portadores de Williams adoram conversar, conversam sobre tudo e com qualquer um, sem o menor medo social. … Imediatamente fascinado por essa síndrome, passei a estudar sobre o assunto e tentar entender como alguns poucos genes poderiam causar essa amabilidade desinteressada, apresentada pelos raros pacientes que carregam essa característica genética. No nível molecular, pergunto como que um punhado de genes consegue regular a sociabilidade humana e alterar a teoria da mente? Num outro nível, comportamental, como seria o mundo se fôssemos todos carinhosos, sorridentes e amáveis uns com os outros, sem esperar nada em troca?”  (MUOTRI, Alysson. A teoria da mente e a Síndrome de Williams. Disponível em http://www.swbrasil.org.br/site/default.php?cod=teoriadamente. Acesso em 17 aug. 2009 )

O princípio democrático da educação para todos só se evidencia nos sistemas educacionais que se especializam em todos os alunos. A inclusão, como conseqüência de um ensino de qualidade para todos os alunos provoca e exigem da escola brasileira novos posicionamentos. É, portanto um motivo a mais para que o ensino se modernize e para que os professores aperfeiçoem as suas práticas, implicando num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas. O motivo que sustenta a luta pela inclusão como uma nova perspectiva para as pessoas com deficiência é, sem dúvida, a qualidade de ensino nas escolas públicas e privadas, de modo que se tornem aptas para responder às necessidades de cada um de seus alunos, de acordo com suas especificidades, sem cair nas teias da educação especial e suas modalidades de exclusão. O sucesso da inclusão de alunos com deficiência na escola decorre da possibilidade de se conseguir progresso significativo desses alunos, por meio da adequação das práticas pedagógicas à diversidade dos aprendizes. O sucesso da inclusão só é possível quando todos assumem as dificuldades. Buscando o ensino com qualidade e suas atualizações constantes, a tecnologia nos proporciona este “gancho”.  Hoje a falta de atualização provoca grandes problemas, em um mundo competitivo e de freqüente atualização, a falta de informação torna-se um grande inimigo. Por se tratar de uma síndrome rara, a informação que chega ao professor é escassa. Trata-se assim de um paradoxo entre o futuro e a realidade, a realidade nos deixa pouco esperançosos, porque a inclusão de pessoas desta síndrome sofrem ainda com preconceitos e difícil acesso à escola. Em nossas pesquisas encontramos pessoas que precisaram de auxilio da justiça para terem suas vagas asseguradas nas salas de aula, problema que ainda persiste apesar de existir uma legislação que indica justamente o contrário a inclusão é um direito de todos. O nosso objetivo é oferecer subsídios e recursos para o professor que trabalhe com alunos com necessidades educativas especiais, especificamente a Síndrome de Williams uma síndrome não muito conhecida no ensino fundamental regular. Por isso, faz-se necessário que os profissionais se preparem para trabalhar com propriedade para a inclusão de portadores de necessidades especiais como da Síndrome de Williams, qualificando-se e se tornando um mediador do processo. Para o aprimoramento desse processo de inclusão, o professor deve conhecer não só os caminhos mais curtos, mas também informações sobre esses alunos como outros também. Levando em consideração essas dificuldades, criamos por meio da tecnologia um “site”, onde o professor pode pesquisar informações sobre a inclusão e sobre a síndrome de Williams. Hoje, todos sabemos que a Internet se tornou um grande meio de comunicação, talvez maior que a televisão e rádio. O professor através dela consegue obter informações e resultados rápidos, aprimoramento, atualização curricular e troca de experiências. O “site” é um suporte pedagógico para o docente, pois informa e subsidia os professores ligados à educação do Ensino Fundamental Regular que lidam com alunos com necessidades educativas especiais, especificamente, a Síndrome de Williams.  Os principais aspectos clínicos da Síndrome Williams são as características faciais típicas, cardiopatia congênita, atraso de desenvolvimento neuropsico-motor, deficiência mental leve a moderada, déficit de crescimento, anormalidades oculares, urinárias, hipersensibilidade sonora e musical e personalidade marcante, alegre e amigável. Segundo Sacks, existe tratamento clínico para a maioria das alterações orgânicas, além de reabilitação, fisioterapia, fonoaudiologia e estimulação psicomotora global para a melhora do desenvolvimento e da escolaridade. No entanto, não há cura. Isso causa as pessoas da Síndrome de Willams dificuldades nas tarefas que requerem motricidade fina ou integração visuo-motora: tarefas com papel e lápis (especialmente escrever e desenhar); aprender a amarrar o tênis; contar objetos numa imagem.  Dificuldades na distinção de letras, principalmente as reversíveis (“b” – “d”), problemas em distinguir a esquerda da direita, dizer as horas com um relógio normal, orientar-se na página de trabalho quando há muita informação e realizar operações aritméticas e compreender os respectivos princípios. Se a Educação é para todos e a qualidade é um objetivo a ser alcançado, é preciso preservar o direito da criança a essa Educação: “Todas as crianças e todos adolescentes têm direitos iguais porque todos são seres humanos. Esses direitos independem de sua raça, cor, religião, cultura, deficiência ou condição pessoal e familiar”. (Direitos Humanos, 1948). Essas idéias contidas na Declaração dos Direitos Humanos-feitos pela ONU, em 1948, dão início a um processo de reconhecimento dos direitos humanos nos países ocidentais. No Brasil, essas idéias são tomadas e aplicadas a partir da Constituição Federal de 1988, o que caracterizou a redemocratização do Brasil em geral e particular, culmina na elaboração de novas legislações educacionais entre elas a Lei De Diretrizes e Bases 9394/96, sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo ministro da educação Paulo Renato em 20 de dezembro de 1996. Baseada no princípio do direito universal à educação para todos, a LDB de 1996 trouxe diversas mudanças em relação às leis anteriores. A LDB 9394/96 menciona ainda que os Sistemas de Ensino devem ser organizados de acordo com as necessidades específicas de cada educando especial; inclusive o superdotado; cabendo à escola organizar-se e assegurar tais condições, para uma educação de qualidade. Tendo professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado; bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; flexibilidade e adaptações curriculares.  Dessa forma, não é o aluno que se amolda ou se adapta à escola, mas é ela que, consciente de sua função, coloca-se à disposição do aluno, tornando-se um espaço inclusivo. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente art.nº5 Lei nº8.069/1990, “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”. Essa lei foi aprovada pela Assembléia Geral da ONU em 20 de novembro de 1989. O Brasil é um dos primeiros do mundo a “acertar o passo” da sua legislação com o que há de melhor na normativa internacional. Para se atingir os objetivos propostos em especial à educação inclusiva, podemos lançar mão do apoio de recursos de tecnologia educacional, oferecendo um suporte para informar e facilitar a inclusão de uma síndrome pouco conhecida. Permitindo ao professor buscar gradativamente informações sobre a Síndrome de Williams, sobre quais os conhecimentos que o aluno traz consigo, quais são seus desejos, suas expectativas e seus receios, podendo assim utilizar-se de todo esse material para tornar o processo de inclusão escolar mais eficiente. Trata-se, portanto, de uma ferramenta de referência ampla, contendo informações sobre a educação inclusiva, tendo em vista a falta de informação sobre a Síndrome de Williams. Por meio da tecnologia, o professor tem informações sólidas sobre o comportamento do aluno, dados como as crianças brincam e interagem com os colegas, como resolvem seus conflitos, como se expressam seus mais diversos sentimentos e como se relacionam com o conhecimento. Sendo assim pode conter informações referentes ao material didático e sobre o tratamento da Síndrome Williams. O projeto tem como maior desafio instruir o professor sobre como lidar com as dificuldades do cotidiano escolar, criando assim uma grande possibilidade de aprendizagem pessoal e cultural. A gestão democrática é importante no processo de inclusão, porque o gestor da escola usa da democracia e não do autoritarismo nas tomadas de decisões, utilizando os professores, funcionários, conselho de pais, pais não só para trabalhos braçais (Ex: pintar a escola, etc). Com isso a gestão democrática se apresenta comprometida com valores democráticos, cujas decisões partem sempre da reunião e cooperação dos envolvidos no processo educacional, facilitando à escola assumir a função definitiva a que veio, ou seja, lutar pela transformação social. Diante do exposto, optamos por organizar o trabalho em 4 capítulos: Em nosso primeiro capítulo vamos apresentar os principais conceitos relacionados à tecnologia, à informação e seu emprego. No segundo capítulo, vamos tratar da qualidade de ensino e da formação do professor, questões que estão intimamente ligadas. A formação teórica e prática do professor pode contribuir para melhorar a qualidade do ensino, visto que são as transformações sociais que irão gerar transformações no ensino. Sendo assim, o capítulo se ocupará de explanar sobre a relação existente entre a formação e a prática do professor. O terceiro capítulo trata da inclusão social e a necessidade de se trabalhar no sentido de incluir a todos sem excluir as pessoas do meio social em razão das características físicas que possuem, da cor da pele, cor dos olhos, altura, peso e formação física. A inclusão tem um caráter social, pois as pessoas que não tem as mesmas oportunidades dentro da sociedade devem tê-las. Mas os excluídos socialmente são também os que não possuem condições financeiras dentro dos padrões impostos pela sociedade, os idosos, os negros e os deficientes físicos, deficientes visuais, auditivos e mentais. No quarto capítulo vamos tratar especificamente da Síndrome de Williams, de suas causas características e recursos que podem ser usadas no atendimento a essas pessoas, informação preciosas que ajudarão o professor a desempenhar melhor sua função. 1. UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA PARA DESENVOLVIMENTO DE UM SITE. Este capítulo apresenta os principais conceitos relacionados à tecnologia, à informação e a seu emprego. A história do homem iniciou-se juntamente com a história das técnicas, com a utilização de objetos que foram transformados em instrumentos diferenciados, evoluindo em complexidade juntamente com o processo de construção das sociedades humanas: inventamos a roda, inventamos o fogo, o ferro, os métodos de pintura, ferramentas de caça. Todos essas inovações trouxeram em soluções para facilitar o nosso dia-a-dia. A tecnologia é uma dessas invenções que tem ajudado o homem a compreender melhor o funcionamento da sociedade. Tecnologia é um termo que envolve conhecimento técnico e científico. Com a tecnologia, é possível manter um ritmo de atualização constante com custos compatíveis, atender diversos locais com rapidez e com o mínimo de perda de qualidade da informação. É possível também promover atualização de material didático por meio de cursos ou programas, com tempo de acompanhar o lançamento de novos produtos. Hebert Marcuse (1999, p. 73) define a tecnologia como o estudo da técnica, o estudo da própria arte do modificar, do transformar e do agir. Segundo esse autor, é com o homem que as técnicas iniciam seu desenvolvimento, tornando o homem um inventor de novos mecanismos, muito diferente daquilo que é concebido pela natureza. O que diferencia o homem do animal é que o primeiro descobriu que não tem somente o seu corpo como instrumento. O homem aprendeu que é capaz de criar extensões para que seus membros possam agir no meio de maneira cada vez mais eficiente. Para entender o que é a Internet, é preciso percorrer o passado, onde a internet surgiu em plena guerra fria, criada pelo governo americano, que a batizou de ARPA, com a missão de pesquisar e desenvolver alta tecnologia para as forças armadas. A ARPA se desenvolveu e uma nova tecnologia apareceu, chamada de ARPAnet, este foi o primeiro sinal do que viria a ser a Internet, o objetivo era interligar os principais centros militares americanos, de maneira que tal tecnologia fosse rápida, eficiente e não dependesse de um comando central. A internet foi desenvolvida inicialmente com 62 computadores, mas foi necessário sofrer alterações onde foi capaz de oferecer 4 bilhões de computadores conectados, isso tudo ocorrente entre as décadas de 50 até o ano de 1974, neste período a internet era disponível somente para o governo americano e institutos de pesquisa. A internet teve a sua grande explosão na década de 90, passando a ser comercializável por empresas e grandes corporações, chegando ao Brasil no ano de 1992, por intermédio da Rede Nacional de Pesquisa. Em 1995 a internet foi liberada aqui no Brasil para fins comerciais, onde ocorreu a grande evolução para a população brasileira. A internet faz parte do mundo da tecnologia, “A Internet (…) não é apenas uma tecnologia: é o instrumento tecnológico e a forma organizativa que distribui o poder da informação, a geração de conhecimentos e a capacidade de ligar-se em rede em qualquer âmbito da atividade humana” (Castells, 2004:311), o autor constrói seu raciocínio partindo da história do forte desenvolvimento das tecnologias a partir da década de 70 e seus impactos nos diversos campos das relações humanas. Em 2001, Castells tornou-se pesquisador da Universidade Aberta da Catalunha em Barcelona. Em 2003, juntou-se à Universidade da Califórnia do Sul, como professor de Comunicação.

J.C.R. Licklider, do MIT – Massachussets Institute of Technology, em agosto de 1962, definiu a internet como um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados pelo Protocolo de Internet que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. A internet é a principal das novas tecnologias de informação e comunicação, ao contrário do que normalmente se pensa, não é sinônimo de World Wide Web, esta é parte dela, que utiliza hipermídia na formação básica, um dos muitos serviços oferecidos na Internet. Em português World Wide Web significa em português “Rede de Alcance Mundial”  também conhecida também como Web, trata-se de um grupo de documentos em  formato hipermídia que estão interligados e executados na Internet. Estes documentos podem estar em formato de figuras, textos, vídeos e sons. Para visualizarmos esta informação são necessários programas de computadores chamados de navegadores que fazem o trabalho de transformar esses conglomerados de informações em páginas que são descarregadas em servidores web (ou sítios, “sites”) e mostrá-los na tela do usuário. Os usuários podem seguir essas ligações ou até mesmo voltar informações para que interajam com o mesmo. Um exemplo clássico desta informação pode ser os “sites” de educação, onde o aluno digita a sua referência e o servidor retorna as matérias, notas do aluno. Como podemos notar a Internet tem um vasto vocabulário e um infinito grau de informação.

Um “site” é uma localização na WWW, utiliza-se a palavra para definir o conjunto total de páginas, designa um conjunto de páginas como um representante de uma pessoa, uma instituição ou uma empresa na internet. O “site” foi definido por Licklider como “website”, sendo website nada mais abreviado como “site”. Por se tratar de uma palavra inglesa, “site” em português se torna um anglicismo, ou seja, em nosso vocabulário não existe uma definição ou tradução. Uma página web, equivale a webpage, que é considerada como “página” na world wide web. Esta é apresentada com o recurso de um navegador, ou browser, que muitas vezes fornecem gráficos em movimento, interacção com o utilizador e som. A coleção de páginas web armazenadas numa única pasta ou em subpastas relacionadas de um servidor web é conhecida como “site”, a maior dificuldade no desenho e teste de páginas web é torná-las adequadas a muitos navegadores e definições, e a diferentes resoluções.

Todo site é acessado a partir de um Browser, um termo complicado e às vezes pouco usual, mas na prática muito usado por qualquer pessoa que navega na internet. Browser ou navegador é um programa que permite o acesso e interpretação de “sites”, capazes de interpretar diversos tipos de documentos e ainda prover recursos adicionais. Para usufruir de toda esta tecnologia, é necessário se conectar a internet. Os métodos comuns de acesso incluem o acesso discado, banda larga e internet sem fio. Os locais públicos para acesso à internet incluem bibliotecas e cyber cafés, nos quais computadores conectados são disponibilizados para uso temporário, também pontos de acesso em locais públicos, como aeroportos e cafés, acessíveis por meio de rede sem fio. Para isso, o utilizador deve possuir um dispositivo cliente de acesso, tal qual um PDA ou laptop. A criação de um “site” consiste em: •    elaborar um design (desenho das páginas). É um processo técnico e criativo relacionado à configuração e elaboração das páginas. Esse processo é orientado por uma intenção ou objetivo, ou para a solução de um problema. •    distribuir os conteúdos (arquitetura da informação). É a parte a qual define a organização do site, a forma a qual a informação será visualizada. •    inserir fotos.  Todas as fotos são tratadas de forma que não afete no desempenho do “site”. Fotos com alta definição demoram a ser carregadas na tela e fotos com baixa definição afetam a clareza da informação. •    elaborar textos. Cada página passa por um processo de elaboração de texto. Onde serão corrigidos os erros de português e verificada a veracidade da informação. •    oferecer navegabilidade. Para permitir um melhor relacionamento entre a pessoa e o “site”, este item cuida da forma como são acessadas as informações, tendo-se uma boa navegabilidade o trabalho de pesquisa torna-se menos doloroso. •    formatar conteúdos e otimização. Este estabelece os padrões de fontes, cores do “site”, tempo de demora para carregar cada página. A criação de uma ferramenta de Busca Rápida. Facilita a pesquisa por informações armazenadas em um banco de informações. Com esta ferramenta a busca para dúvidas especificas se torna mais rápida e objetiva. Para desenvolvimento do “site”, utilizaremos como tecnologia a estrutura de programação ASP (Active Server Pages) que pertence à Microsoft  e é bastante utilizada no desenvolvimento  de aplicações Web, a  ferramenta Adobe Photoshop para tratamento das imagens, desenvolvida pela Adobe System, o Adobe Photoshop é o software de imagem mais utilizado no mercado permite fazer correções de imagens, recuperação de fotos antigas e simulações de imagens de pessoas normais, onde através de recursos é possível saber como ficaria esta pessoas com necessidades educativas especiais especificamente os da síndrome de Williams, e, por último, vamos utilizar a ferramenta Dreamweaver também criada pela Adobe System, este software auxilia na criação das páginas ASP. Todo tipo de recurso tecnológico deve ser utilizado para facilitar a publicação do “site”.  Garantindo assim o desenvolvimento de um “site” amigável e de fácil entendimento, proporcionando ao “internauta” uma pesquisa fácil e objetiva. Nosso “site” esta estruturado da seguinte forma:

Projeto do “Web Site” O que é síndrome de Williams História, quem descobriu, etc. Quais as características Características, sintomas, etc. Dificuldades na sala de aula Dificuldades enfrentadas pelo aluno na sala de aula. Fórum Área destinada a postar dúvidas, casos de sucesso, etc. Relatos Histórias de familiares Dicas de Leitura Materiais, artigos de revista, artigos de jornais, etc. Materiais Didáticos Materiais didáticos, materiais que podem ser utilizados em sala de aula. Profissionais Fonoaudiólogo, musicoterapeuta. Galeria de fotos Fotos de eventos, sala de aula. Eventos Datas de palestras, eventos. Pesquisa Pesquisa sobre informações do “site”. Acesso Restrito Cadastro de usuários, alteração de senha, pesquisa de perguntas do item fórum. Fale Conosco Dicas, sugestões e criticas enviada para o administrador do “site”. Tratamos em seguida no segundo capítulo a formação do professor e das competências necessárias para exercer seu trabalho. 2. PROFESSOR, TRABALHO E SABER Este capítulo apresenta alguns aspectos relacionados à formação e prática de professores a partir de pressupostos de Tardif e Perrenoud. O saber dos professores compreende íntima relação com o desempenho deles na escola e na sala de aula. Significa que a ligação do saber como docente não é só cognitiva, mas mediado pelo trabalho que este, por sua vez, fornece os princípios para enfrentar e resolver situações apresentadas no cotidiano. Essas idéias revelam duas funções conceituais: a primeira requer relacionar organicamente o saber ao indivíduo trabalhador ao seu desempenho, isto é, aquilo que ele é e faz  ser também relacionado ao que foi e fez; o segundo, indica que o saber do profissional não é só produzido no trabalho, é produzido e modelado por ele. Conforme Tardif (2007), o saber dos docentes é plural, porque relaciona trabalho, conhecimento e saber, implicando um fazer diversificado, não é só transmissão de conhecimentos já assimilados, o saber docente é adquirido ao longo da história de vida que se expressa nas pré e atuais experiências familiares, escolares vivenciadas na sala de aula e na escola, são trocas de conhecimentos por um professor ou grupos destes. Cabe ao professor renová-los, adaptá-los e transformá-los, empregando-os como ferramenta para seu trabalho, o saber fazer a fim de produzir sua própria prática de trabalho. A formação continuada requer ligação entre espaços sociais e domiciliares, escolares e empresariais. Sua finalidade é preparar o aluno adequadamente para viver na sociedade do conhecimento, segundo Herbert Mcluhan, na década de 60, o planeta tornou-se a nossa sala de aula e o nosso endereço, isto significa que a aprendizagem se dá em lugares diferentes, o tempo é o agora e sempre. O professor é muito mais que mediador e aprendiz no mundo globalizado do conhecimento, ele precisa construir e reconstruir conhecimentos, servindo de exemplo ao ensinar, pensar, saber comunicar-se, saber pesquisar, ter raciocínio lógico, fazer sínteses e elaborações técnicas, ter disciplina para trabalho, ser independente  e autônomo, isto é, organizando seu próprio trabalho, sabendo articular os conhecimentos e sua prática. O professor aceita o saber de outros professores, traduzindo, adaptando e construindo seu próprio significado sendo visto como processo de aprendizagem, adaptando a profissão, eliminando o inútil e o abstrato, assim provocando uma experiência crítica, filtrando e selecionando, cabendo ao professor rever seus saberes, julgá-los e auxiliá-los além de indagar a si e aos seus alunos o que pretende e quais são suas metas a serem alcançadas se auto avaliando em seu trabalho, o que pode ser melhorado e construído ao longo de sua carreira profissional, adaptando e integrando e formando conhecimento como elemento de transformação. Maurice Tardif (2007, p.157), esclarece como objetivo da ação: O objetivo da ação prática e ela mesma ao passo que o professor busque sempre atingir o objetivo; sendo o conhecimento a partir de alguma coisa determinada, não se reproduz os monotipos de seres, eles não criaram nada de novo ou original. (Tardif, 2007, p. 157) Nada se cria, aperfeiçoa-se neste caso o professor adquire conhecimentos a fim de aperfeiçoá-los no ensino. As atividades específicas na arte de ensinar baseiam-se: em disposição e habilidades naturais, ou seja, disposições desenvolvidas e confirmadas pela prática de uma arte específica, porque é preciso ter certo talento, mas este sem a prática, não serve para nada, é a prática que possibilita descobrir o talento e atualizá-lo. A arte humana existe porque os seres humanos que nos rodeiam são imperfeitos variáveis e instáveis, a função própria da arte é reproduzir a ordem natural, na tentativa de eliminar o máximo possível dos limites estreitos da ação humana, logo desfazer e refazer o mundo perfeito é algo divino, não está em nossas mãos. Cabe ao professor se empenhar em trabalhar com os alunos a diversidade e as dificuldades, mostrando ao discente que existem diferentes percursos para chegar à aprendizagem. A função do professor é corrigir e dirigir o aluno para seu desenvolvimento intelectual. O professor ideal, na escola moderna, é aquele que tem uma boa conduta, que tem uma vida familiar equilibrada, com nível de educação psicológica superior de maneira que possa compreender ou está pronto para resolver qualquer situação que envolva o emocional do aluno, respeitando sua herança intelectual, cultural, dando-lhe atenção, ouvindo o que o aluno tem a dizer, ensinando a organizar seus pensamentos, tornando o aluno um ser crítico e atuante para ser integrado à sociedade. O objetivo da ação prática é ela mesma, logo o professor deve buscar atingir o objetivo, ou seja, o conhecimento a partir de alguma coisa determinada. Administrar a progressão das aprendizagens é difícil, pois, sabe-se que o processo é diferente na escola porque não podemos programar a aprendizagem humana devido à diversidade dos alunos e sua autonomia. Alguns alunos encontram dificuldades e exigem medidas excepcionais. É preciso que a equipe encontre recursos para atender esses alunos, tomando como base as seguintes etapas, conforme Perrenoud, 2000, p. 61. a)    Saber observar o aluno com dificuldades; b)    Tirar conclusões a partir dos erros; c)    Saber construir situações didáticas a partir do aluno, ao invés do programa; d)    Saber negociar, baseando-se em algum modelo de contrato terapêutico; e)    Ter experiência da comunicação, do conflito, do paradoxo, da rejeição, do implícito, ter coragem diante dos mesmos; f)    Estar consciente dos riscos que se ocorre e se faz correr durante uma relação de atendimento; g)    Respeitar o código explícito de deontologia mais do que apelar para o amor e o senso comum; h)    Familiarizar-se com a comunicação, observação, intervenção e regulação junto a este aluno; i)    Ter domínio teórico e prático relacionando-os a aspectos afetivos e relacionais; j)    Convencer-se de que muitas vezes é necessário abandonar os registros pedagógicos e procurar compreender e  agir de modo eficaz e diferenciado; k)    Respeitar o ritmo dos alunos; l)    Estar consciente de que os indivíduos são todos diferentes, o que funciona para um, não funciona para o outro; m)    Fazer uma análise específica sobre: fracasso escolar, diferenças pessoais e culturais; n)    Utilizar bases teóricas em psicologia social de desenvolvimento e da aprendizagem do aluno; o)    Participar de trabalho em equipe, formação, assumir os riscos e ter autonomia para ir ao encontro da profissionalização; p)    Ter contato com os pais, promover dinâmicas de grupo, transmitindo a eles o apoio e aproximando-os, criando um veículo de troca de valores; q)    Envolver os alunos em suas aprendizagem e em seu trabalho. Para Perrenoud (2000, p.73), os direitos imprescritíveis do aprendiz são:

1)    O direito de não estar constantemente atento; 2)    O direito ao seu foco íntimo; 3)    O direito de sói aprender o que tem sentido; 4)    O direito de não obedecer seis a oito horas por dia; 5)    O direito de se movimentar; 6)    O direito de não manter todas as promessas; 7)    O direito de não gostar da escola e de dizê-lo; 8)    O direito de escolher com quem quer trabalhar; 9)    O direito de não cooperar para seu próprio processo; 10)    O direito de existir como pessoa.

As concepções prévias dos alunos fazem parte de um sistema de representações. O importante é dar lhes regularmente direitos nas aulas, interessar-se por elas, tentar compreender suas origens, não se deve censurar sua maneira de dar formas às coisas, dar coerência mesmo que seja ultrapassada, deve-se abrir espaço para discussão. O professor tenta assim reencontrar a memória do tempo, trabalhar a partir das concepções dos alunos, dialogando com eles, fazer com que sejam avaliados para aproximá-los dos conhecimentos científicos a serem ensinados. Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos, deparar-se com o obstáculo é enfrentar o vazio, se o aluno apropria-se dele, sua mente põe-se em movimento, construindo hipóteses. Inicia discussão em trabalho de grupo, cada um terá seu próprio pensamento e respeitará as opiniões dos outros, em um projeto deve-se propiciar situações-problema, levando o aluno a pesquisar. Para que aprendam, é necessário envolvê-los em atividades de certa importância para o discente e de certa duração. Educar significa uma atividade que não se fundamenta num saber rigoroso,  mas se trata de um processo de formação, de pensar de maneira global. A arte de educar exige muita capacidade guiada por uma finalidade, pois a criança é um ser em processo cujo produto final é o adulto. Fazer desabrochar uma rosa completa e acabada é o que constitui a arte do professor. É ensinando que se aprende a ser bom professor, o fundamento da pessoa do educador é educar e o educador tem o dever de possuir as qualidades do ofício. É a finalidade interna da prática educativa. A prática é vista nesse caso como atividade pela qual o ser humano se orienta em função de normas, regras e leis. Com relação à formação de professores, todo o discurso pedagógico essencial para a sua formação propõe que exista referência entre teoria e a prática. A maior reclamação dos alunos de pedagogia ou qualquer outra profissão é a exigência da prática profissional, ou seja, só se aprende a fazer, fazendo. Nos cursos de pedagogia, por exemplo, no que diz respeito à organização interdisciplinar da orientação da prática pedagógica não se observa nos investimentos suficientes. Futuros profissionais da realidade concreta das escolas não estão preparados para lidar com a violência, entorpecentes, com alunos com lares destruídos, vítimas de abuso e abandono. A teoria de Sociologia geral promove a compreensão de como lidar e recuperar heterogeneidade cultural das diferenças éticas e classe, alunos pobres e negros serem adaptados ao ambiente e a cultura escolar, não sendo uma tarefa fácil de lidar com o decorrente ao preconceito e a discriminação. Os cursos de Pedagogia foram criados com o triplo objetivo: formar pesquisadores e indivíduos capacitados a espelhar-se sobre o sistema educacional, preparar docentes  aptos a ensinar as matérias pedagógicas, preparar administradores, orientadores, sendo que essas funções não podem ser disciplinadas/ ensinadas sem que o docente passe por uma experiência como profissional, porém o que surge é a falta desse o que expressa a ausência de identidade do professor. Outro problema a ser destacado obrigatoriedade da habilitação em Curso Superior. Um último problema a ser considerado diz respeito às diretrizes do Conselho de Educação dados aos Institutos Superiores da Educação (ISE) e que devem ser aplicadas e que têm clareza ao relatar que a formação dos docentes e estas normas serem aplicadas em todas as universidades, permitindo ao Curso Normal Superior ou Habitação para o magistério no Curso de Pedagogia, cabendo o discente pedagógico escolher sua opção. Voltado para o curso de Pedagogia, nota-se que o problema é mais sério, ou seja, a preparação do futuro professor é pensada como uma questão de métodos pedagógicos é essencial capacitar o professor a dominar todas as áreas de conhecimento que integram o currículo das séries iniciais. Vale ressaltar a importância em incluir nos cursos mais horas relacionados a português, matemática, biologia,  haja vista, que vivemos em um mundo onde as mudanças ocorrem a todo instante e o professor precisa estar apto a passar desde informações simples como frações a localizações de países no mapa, entre outros. Perrenoud (2000, p.14) afirma serem necessárias novas competências para ensinar. Estas competências dizem respeito às ações a serem realizadas:

1.    Organização e dirigir situações de aprendizagem; 2.    Administrar a progressão das aprendizagens; 3.    Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação; 4.    Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho; 5.    Trabalhar em equipe; 6.    Participar da administração da escola; 7.    Informar e envolver os pais; 8.    Utilizar novas tecnologias; 9.    Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão; 10.     Gerar sua própria formação contínua. A competência relacionada à utilização de novas tecnologias está relacionada à necessidade de formar julgamentos, ter senso crítico, desenrolar pensamento hipotético e dedutivo, além de exigir faculdades de observação e de pesquisa, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, de ler e analisar textos e imagens e de conhecer procedimentos e estratégias de comunicação. Conforme ele mesmo descreve, há alguns anos atrás, nem se imaginaria uma troca de correspondência que ocorre várias vezes por dia via internet, ou seja, uma revolução que atualmente exige conhecimento sobre essa ferramenta revolucionária. Os professores que sabe o que as novidades tecnológicas aportam, devem preocupar-se com os perigos e limites, podem por isso decidir, com conhecimento de causa dar-lhes um amplo espaço em sua aula, ou utiliza-las de modo abrangente. Havendo a necessidade de analisar os prós e contras, dado o nível de seus alunos, da disciplina considerada e do estado das tecnologias. O século XXI trouxe uma nova definição: a concepção do conhecimento científico, o papel da teoria, sendo considerado até então concepção do conhecimento como substrato e o papel da teoria como domínio da realidade e sociabilidade do homem, sendo que a realidade está separada do conhecimento do homem, podendo a este, descreve-la por meio de leis, agindo por meio de técnicas.Essa atribuição contribui para a formação de professores, aplicando regras de teoria, técnica e prática a essa formação pedagógica. Houve mudanças decorrentes a essas concepções: mudança na sociedade, o homem passou a ser responsável pela construção do conhecimento e também demanda das classes populares, exigindo um novo projeto da escola que trabalhasse a superação das desigualdades sociais e vidas diferente. Um dos objetivos da formação do docente é descobrir, questionar, ordenar e fundamentar teoria e prática no cotidiano escolar.Sendo que uma das finalidades da educação superior é incentivar o trabalho da pesquisa, refletindo em crítica e participação na produção. Segundo a LDB, A Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996 estabelece as leis e diretrizes e bases da Educação Nacional, desde os princípios básicos, o direito a educação e o saber, níveis escolares, etc , e tem por objetivo. •    Garantia de vinculação entre educação escolar e instituição de ensino e na prática social. •    Baseia nas propostas educativas, referindo os princípios: liberdade e nas idéias de solidariedade humana. •    Estabelecer como proposta do processo educativo. •    Pleno desenvolvimento do docente. •    Preparar o aluno para o exercício da cidadania. Qualificação profissional. Propostas Curriculares referentes a estes objetivos que deveram ser cumpridos na educação escolar: •    Igualdade de aprender, ensinar, transmitir, cultivar, a arte e o saber. •    Plural de idéias e de concepções educacionais. •    Respeitar à liberdade e a tolerância. •    Instituições públicas e privadas no coesistema de ensino. •    Ensino público gratuito. •    Educação profissional e sua valorização. •    Democratização do gestor no ensino público, na forma da LDB e da legislação dos sistemas de ensino. •    Assegurar o padrão de qualidade do ensino. •    Manter vínculo entre educação escolar. 3. O QUE É INCLUSÃO Antes do século XX não se pensava em inclusão, pessoas com necessidades especiais não tinham direito de frequentar a comunidade escolar, somente no século XX começa-se a pensar integrar essas pessoas que ainda dificilmente eram incluídos com os outros alunos considerados normais. O termo inclusão é recente e apresenta alguns significados diferentes; para N. Kunc apud Sassaki, (1997, p. 123). “A educação inclusiva representa um passo muito concreto e manejável que pode ser dado em nossos sistemas escolares para assegurar que todos os estudantes comecem a aprender que o ‘pertencer’ é um direito, não um status privilegiado que deva ser conquistado” Segundo Montoan (1997, p. 145) “a inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apóia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral”. A inclusão, como prática educativa, “repousa em princípios até então considerados incomuns, tais como: a aceitação das diferenças individuais, a valorização de cada pessoa, a convivência dentro da diversidade humana, a aprendizagem através da cooperação” (Sassaki, 1999, p. 42). Vê-se, portanto, que o termo apresenta mudanças e diferenciais relacionadas a autores e épocas. 3.1 – A INCLUSÃO NA ESCOLA UMA EXIGÊNCIA Na década de 70 as escolas começaram a aceitar os alunos com necessidades especiais em classes comuns do ensino regular, se eles conseguissem acompanhar os outros alunos, mas era muito raro acontecer, pois esse processo não se configurada como uma verdadeira inclusão. Somente no final dos anos 80 começa-se a pensar em um processo de inclusão, que se inicia com a idéia de que a educação é para todos e sem exclusão. A inclusão teve inicio com o manifesto de pessoas com necessidades especiais e de seus familiares que lutavam por seu direito de igualdade na sociedade. Esse direito deve começar na escola, pois nela a educação que aprendemos sobre direitos, cidadania Segundo o Ministério da Educação, a política Educacional de Inclusão está fundamentada nos princípios éticos que respeitem os direitos humanos e a individualidade numa proposta pedagógica que oferece educação para todos, valorizando as diferenças e respeitando-as. Para Ballard (1997), “todos os alunos têm o mesmo direito a ter acesso a um currículo culturalmente valioso e em tempo completo, como membros de uma classe escolar e de acordo com sua idade.” A educação especial passou assim por grandes mudanças nos sistemas educacionais para criar programas especiais para atender esses alunos mudanças que envolveram gestores e docentes na elaboração de política para todos. Fica claro que as diferenças dos alunos com necessidades especiais não pode ser vista como um problema, mas deve ser vista como  enriquecimento e uma forma de promover valores e oportunidades de aprendizagem para todos. Assim sendo políticas e projetos sociais devem ser elaborados sistema educacional desde a educação infantil visando à inclusão de alunos com necessidades especiais. Dessa forma, o aluno ao chegar ao ensino fundamental não sofrerá preconceito e será respeitado.  O desenvolvimento social dos alunos pode ser assim ampliado, pois com a convivência com físicas ou intelectuais, promove o  crescimento e o aprendizado dos alunos tanto os que têm necessidades especiais quantos os que não têm. Robert Barth escreveu sobre isso em um de seus tratados de 1990, “A Personal Vision of a Good school” (A visão pessoal de uma boa escola). Eu preferia que meus filhos estivessem em uma escola onde as diferenças são notadas, cuidadas e vistas como sendo uma notícia boa para enriquecer o processo de aprendizagem. A pergunta a qual várias pessoas estão preocupadas é “qual é o limite da diversidade além do comportamento aceitável?” Porém a pergunta que eu gostaria que fizessem mais freqüentemente é: “Como podemos transformar o uso deliberado das diferenças de classes sociais, gênero, idade, habilidades, raça e interesses em recursos positivos para serem usados na aprendizagem?” As diferenças oferecem uma grande oportunidade para o aprendizado. As diferenças oferecem recursos livres, abundantes e renováveis. Eu gostaria de ver a nossa compulsão por querer eliminar as diferenças em forças igualitárias e fazer uso dessas diferenças pra modificar as escolas. O que é importante sobre as pessoas e as escolas são exatamente as diferenças e não as semelhanças.”(p.570) Portanto, a educação inclusiva não é tarefa somente da escola, ela deve caminhar junto com a construção de uma sociedade inclusiva, a escola precisa ampliar sua participação na sociedade, pois somente assim a inclusão surtira efeito. A inclusão requer políticas mais adequadas e maior compreensão dos princípios de inclusão, ou seja, trazer para perto aqueles os que socialmente estão longe, desligados do convívio de todos, valorizando assim diferenças, e com isso fortalecendo o sistema educacional e, principalmente, a sociedade. De acordo com a Declaração de Salamanca, elaborada em 1994, na Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais na Espanha, destaca que todos têm e direitos iguais, seja qual for a sua necessidade especial e a Educação é apenas um deles. Portanto a educação inclusiva deve ser assumida com responsabilidade, promovendo mudanças nas leis educacionais e na gestão escolar. 3.2 – INCLUIR PORQUE? De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, todas as crianças têm direito a uma educação de qualidade, aprender juntas e ser atendidas conforme as suas necessidades especiais, por isso as crianças não devem ser discriminadas ou excluídas, mas incluídas na comunidade escolar. Quando incluímos um aluno com necessidades especiais na sala de aula do ensino regular, aprendemos a lidar com diferenças e a diversidade, aprendemos a respeitá-las. Dessa forma, os alunos com necessidades especiais se tornam muito mais sociáveis e participativos em sala de aula, reduzindo também comportamentos inadequados. A sociabilidade que passam a demonstrar também se reflete na família do aluno, que se sente mais encorajada a participar da formação escolar de seus filhos, ajudando-os a ter maior conciência das habilidades sociais exigidas fora da escola, como também o senso de auto-aceitação e auto-valorização. Os estudos desenvolvidos pela da psicóloga Marina S. Rodrigues Almeida (2002) comprovam a eficácia da educação inclusiva em vários aspectos: no comportamento da escola, no lar e na comunidade; resultados educacionais, senso de cidadania, respeito mútuo, valorização das diferenças individuais e aceitação das contribuições pequenas e grandes de todas as pessoas envolvidas no processo de ensino-aprendizagem, dentro e fora das escolas inclusivas. As escolas devem ser para todos, sem preconceitos, não privilegiando assim uma parcela da sociedade, mais sim ela como um todo. Aos docentes, cabe criar ferramentas para que todos os alunos, mesmo com necessidades especiais, tenham um potencial ilimitado de aprendizagem. “A Educação Inclusiva, por outro lado, implica que não se espera mais que o deficiente se adapte aos alunos normais. O que é visado é que ele atinja o máximo de sua potencialidade junto com os seus colegas “normais”. Com isto fica garantido o direito à singularidade da sua atuação” (Mrech, 2004, p. 10). 3.3 – PREPARAÇÃO DA ESCOLA  Para Saviani (1991), a função da escola é estender, a todos os seus alunos, o conhecimento elaborado e sistematizado, fundamental para que as pessoas tenham maior liberdade de ação pela assimilação e internalização do conhecimento, a partir do processo de ensino e de aprendizagem. A escola deve valorizar a diversidade de seus alunos, respeitarem a crença e as diferenças de cada indivíduo, receber a todos e ter a participação constante da família e da comunidade no método de aprendizagem. Para que a escola possa receber alunos com necessidades especiais, é necessário modificar seu sistema educacional, seu conteúdo programático e sua estrutura física para atender esses alunos de forma adequada. Portanto, é importante que a escola esteja aberta para trabalhar com todos os alunos, estimular a aprendizagem e a participação de todos, incluindo a comunidade escolar como um todo. Para ser bem sucedida, a educação inclusiva na escola, é preciso do estimulo e ter autonomia para elaboração do seu projeto pedagógico, preparar um currículo que reflita sobre o meio social e cultural onde os alunos estão inseridos, e assim possam ter a aprendizagem como ponto principal de sua atividade, reconhecendo que a diversidade enriquece o trabalho do dia- a -dia na sala de aula. Sem informação, é difícil ao professor receber alunos com necessidades especiais e lidar com elas. Contudo o trabalho em equipe ajuda o docente e colaboradores da escola a melhorar o desempenho nessa área. Uma escola inclusiva é aquela: •    Gerida e administrada em defesa de uma política de inclusão. •    Organizada socialmente com a comunidade. •    Que tenha recursos educativos complementares. •    Que institua uma relação entre a escola, a família e a comunidade. •    Com Docentes com atitudes e sensibilidade para com os alunos com necessidades especiais. •    Que apresenta Diversificação no uso de estratégias de atividades e de matérias. •    Que apresenta Diferenciação pedagógica. •    Que torne a Aprendizagem e o ensino cooperativos.

 Fonte: TCC de Perecles Santos